Quinta-feira, 21/06/2012 é o dia.
Quando meu pai foi levar os últimos exames, e as laudas para o DR. Thales, já sentia umas várias borboletas fazendo malabares no meu estomago. Eu sabia que a data que faria minha vida mudar completamente estava prestes a ser determinada e eu ainda não tenho certeza absoluta se estou completamente preparada para isso.
Saindo do trabalho ligo para o meu pai e e ele me diz a data. As borboletas agora saiam em forma de lágrimas. Lágrimas de alegria, de agonia, de medo, tanta coisa, tanto sentimento que eu nem sei o nome...
Agora já era! De uma vez por todas, é preparar o psicológico e correr pro abraço... ou pro anestesista, não sei...
São tantas coisas que eu nem sei mais o que por aqui. Medos, receios, inseguranças, alegrias... Como se os do cotidiano já não me bastassem.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
sexta-feira, 25 de maio de 2012
A Endocrinologista muito louca!
Como eu disse, essa mulher precisava de um post só pra ela!
Fui à Endócrino com a intenção de conseguir a minha liberação e mais nada. Ao entrar no consultório a tal Doutora nem se quer me olhou e já perguntei qual era o meu problema. Eu que não sei bem como enrolar as pessoas logo disse: "Na verdade não é um problema, eu preciso de uma ajuda. Vou fazer a cirurgia bariátrica e pra isso preciso da liberação de um endócrino e por isso tô aqui. Trouxe todos os meu exames se a senhora precisar ver." Durante a minha fala ela se quer ergueu o olhar para me encarar. Assim que terminei ela respirou fundo e disparou na gritaria: "VOCÊ ACHA QUE É ASSIM? VEM AQUI, E ME PEDE UMA LIBERAÇÃO? É O MEU CRM QUE ESTÁ EM JOGO! É O MEU CRM QUE ESTÁ EM CHEQUE!", talvez por estar acostumada com pessoas que a enrolam para no final de contas conseguir o que querem, e eu tenha sido tão direta, ela teve essa reação, mas eu a interrompi e perguntei se ela iria continuar falando daquela forma comigo, ela em defensiva veio com um: "Você não me conhece, não sabe como eu sou... parece japonês, faz tudo de trás pra frente" eu já disparei em choro, claro... eu, a passional e neurótica, num consultório médico com uma pessoa insensível que se quer me olhava e me tratava daquela forma... Choro, sempre choro.
Eu disse que justamente por não conhece-la esperava um tratamento um pouco melhor de alguém que lidava com pessoas que geralmente procuravam soluções, e ela começou a diminuir o tom de voz e pediu para ver todos os exames.
Olhou e fez anotação de toooooooodos os exames, e eu achando que no final das contas, daquele episódio trágico e cômico, conseguiria sair de lá com o meu laudo positivo... Ela me pede um ultimo exame: Cortisol Livre Urinário 24h.
Ok, fiz o exame no dia seguinte mesmo.
Dia 21, essa semana, voltei lá e dessa vez munida de proteção paterna. Contei pro meu pai como tinha sido e ele disse que no retorno iria comigo. Dentro do consultório meu pai nem sentou, ficou em pé esperando a mulher escrever o laudo, após olhar o exame que havia pedido e dizer que eu estava liberada.
No final de contas, tudo deu muito certo, mas gerou um mega desgaste emocional desnecessário.
Então, se você lida com pessoas no seu trabalho, assim como eu, e está lendo esse post aqui, faça o favor de olhar nos olhos da pessoa que lhe fala, dar um aperto de mão firme, talvez até mesmo um abraço, e entenda que por de trás de toda ação existe um músculo pulsante e elástico: o coração.
Bem, liberação do Cardio e da Endócrino em mãos, já marquei a cirurgia, mas essa também rende um outro post.
Até já!
=*
Fui à Endócrino com a intenção de conseguir a minha liberação e mais nada. Ao entrar no consultório a tal Doutora nem se quer me olhou e já perguntei qual era o meu problema. Eu que não sei bem como enrolar as pessoas logo disse: "Na verdade não é um problema, eu preciso de uma ajuda. Vou fazer a cirurgia bariátrica e pra isso preciso da liberação de um endócrino e por isso tô aqui. Trouxe todos os meu exames se a senhora precisar ver." Durante a minha fala ela se quer ergueu o olhar para me encarar. Assim que terminei ela respirou fundo e disparou na gritaria: "VOCÊ ACHA QUE É ASSIM? VEM AQUI, E ME PEDE UMA LIBERAÇÃO? É O MEU CRM QUE ESTÁ EM JOGO! É O MEU CRM QUE ESTÁ EM CHEQUE!", talvez por estar acostumada com pessoas que a enrolam para no final de contas conseguir o que querem, e eu tenha sido tão direta, ela teve essa reação, mas eu a interrompi e perguntei se ela iria continuar falando daquela forma comigo, ela em defensiva veio com um: "Você não me conhece, não sabe como eu sou... parece japonês, faz tudo de trás pra frente" eu já disparei em choro, claro... eu, a passional e neurótica, num consultório médico com uma pessoa insensível que se quer me olhava e me tratava daquela forma... Choro, sempre choro.
Eu disse que justamente por não conhece-la esperava um tratamento um pouco melhor de alguém que lidava com pessoas que geralmente procuravam soluções, e ela começou a diminuir o tom de voz e pediu para ver todos os exames.
Olhou e fez anotação de toooooooodos os exames, e eu achando que no final das contas, daquele episódio trágico e cômico, conseguiria sair de lá com o meu laudo positivo... Ela me pede um ultimo exame: Cortisol Livre Urinário 24h.
Ok, fiz o exame no dia seguinte mesmo.
Dia 21, essa semana, voltei lá e dessa vez munida de proteção paterna. Contei pro meu pai como tinha sido e ele disse que no retorno iria comigo. Dentro do consultório meu pai nem sentou, ficou em pé esperando a mulher escrever o laudo, após olhar o exame que havia pedido e dizer que eu estava liberada.
No final de contas, tudo deu muito certo, mas gerou um mega desgaste emocional desnecessário.
Então, se você lida com pessoas no seu trabalho, assim como eu, e está lendo esse post aqui, faça o favor de olhar nos olhos da pessoa que lhe fala, dar um aperto de mão firme, talvez até mesmo um abraço, e entenda que por de trás de toda ação existe um músculo pulsante e elástico: o coração.
Bem, liberação do Cardio e da Endócrino em mãos, já marquei a cirurgia, mas essa também rende um outro post.
Até já!
=*
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Equipe Multidisciplinar
A Equipe Multidisciplinar do Gastro Obeso Center é incrível! São três médicas, cada uma te atende em uma sala individual e o tratamento é 100% pessoal. Todas extremamente solicitas e animadas. Sem contar que a Nutricionista já fez a cirurgia há 9 anos e é linda de morrer. Magra, linda e loira! Quer mais motivação que isso?
O único pesar é o tempo que você acaba gastanto dentro do centro por conta de atrasos, mas isso é facilmente esquecido com o tratamento que você recebe.
Eu comecei pela nutricionista. Simpática, motivadora e extremamente esclarecedora. Teve paciência de me explicar tudidnho e ainda tirar minhas dúvidas de fuçadora que sou. Ela também me deu toda a dieta para seguir no primeiro mês pós-cirurgico, e é de assustar! São 50ml (aqueles copinhos de café, sabem?) de 20 em 20 minutos, tudo liquido!
Para quem está acostumado a comer como eu como, é aterrorizante! Mas um esforço que vai valer a pena no final de contas.
Daí, passei para a fisioterapeuta, que de cara tinha todo o meu amor, de tamanha semelhança com a branquelinha carioca mais linda, Danica!
Batemos um papo, ela me contou de como conseguiu parar a marginal por alguns instantes ao esquecer de ver se o carro tinha gasolina ou não... Enfim, um amor! Me passou os exercícios que eram para ter início imediato, além das 90 respiradas diárias no Respiron. Chatinhos, mas necessários.
E por último, a psicóloga.
A Doutora foi rápida e me explicou algumas coisas sobre a cirurgia, sobre possíveis efeitos pós-cirurgicos, como o desenvolvimento de bulimia, anorexia, depressão e alcoolismo.
Antes de entrar no consultório respondi um pequeno formulário, e após uma rápida leitura das minhas respostas ela chegou à conclusão de que sou passional, impulsiva, stressada, altamente sensível e um tico neurótica. Achei esses comentários de extrema observação, já que nunca havia notado tais comportamentos em mim - ironia mode on total, e com isso se faz necessário o acompanhamento terapeutico após a cirurgia. Por conta da ansiedade e ter que trabalhar um pouco a paciência. Ou a falta dela.
A equipe me deu ainda mais motivação. A mesma motivação que todo o processo de exames pré-operatórios tiram.
Beijos, beijos!
Até já! =*
O único pesar é o tempo que você acaba gastanto dentro do centro por conta de atrasos, mas isso é facilmente esquecido com o tratamento que você recebe.
Eu comecei pela nutricionista. Simpática, motivadora e extremamente esclarecedora. Teve paciência de me explicar tudidnho e ainda tirar minhas dúvidas de fuçadora que sou. Ela também me deu toda a dieta para seguir no primeiro mês pós-cirurgico, e é de assustar! São 50ml (aqueles copinhos de café, sabem?) de 20 em 20 minutos, tudo liquido!
Para quem está acostumado a comer como eu como, é aterrorizante! Mas um esforço que vai valer a pena no final de contas.
Daí, passei para a fisioterapeuta, que de cara tinha todo o meu amor, de tamanha semelhança com a branquelinha carioca mais linda, Danica!
Batemos um papo, ela me contou de como conseguiu parar a marginal por alguns instantes ao esquecer de ver se o carro tinha gasolina ou não... Enfim, um amor! Me passou os exercícios que eram para ter início imediato, além das 90 respiradas diárias no Respiron. Chatinhos, mas necessários.
E por último, a psicóloga.
A Doutora foi rápida e me explicou algumas coisas sobre a cirurgia, sobre possíveis efeitos pós-cirurgicos, como o desenvolvimento de bulimia, anorexia, depressão e alcoolismo.
Antes de entrar no consultório respondi um pequeno formulário, e após uma rápida leitura das minhas respostas ela chegou à conclusão de que sou passional, impulsiva, stressada, altamente sensível e um tico neurótica. Achei esses comentários de extrema observação, já que nunca havia notado tais comportamentos em mim - ironia mode on total, e com isso se faz necessário o acompanhamento terapeutico após a cirurgia. Por conta da ansiedade e ter que trabalhar um pouco a paciência. Ou a falta dela.
A equipe me deu ainda mais motivação. A mesma motivação que todo o processo de exames pré-operatórios tiram.
Beijos, beijos!
Até já! =*
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Andamento
Tudo começou quando comecei a me dar conta do quanto meu peso passou a diminuir meu divertimento em determinados momentos e até mesmo me deixar de fora de algumas coisas que gosto tanto de fazer. Foi dai que conversei com o meu pai e resolvemos marcar uma consulta com o Dr. Thales, do Gastro Obeso Center. Eu já tinha consulta marcada com o cardiologista para dois dias antes da consulta com o gastro. Como todo médico, o Dr Alexandre - cardiologista - me fez lembrar que estou muito acima do peso e que precisaria emagrecer logo, foi quando comentei que já tinha uma consulta marcada com o gastro. O Dr. Alexandre já se adiantou e me pediu exames dizendo que seriam alguns dos que o gastro poderia pedir, pois provavelmente me indicaria a cirurgia bariátrica. Dito e feito.
Ao chegar no centro clinico Gastro Obeso Center fui muito bem recebida e enquanto aguardava respondi um questionário com cerca de 150 perguntas, todas perguntas sobre meus costumes alimentares, histórico familiar, etc...
Quando fui atendida pelo médico, ele leu atentamente todas as minhas respostas e logo disse que a melhor opção seria a cirurgia, por todo o histórico que eu tenho, além do histórico familiar, já que meu pai já havia feito a mesma cirurgia anos antes. A principio foi um choque, afinal, eu esperava um bronca, um regime desses bem rigorosos e coisas assim, como sempre foram propostos à mim. Tudo bem, eu sabia que aquela era uma das várias possibilidades que eu poderia ouvir naquele consultório.
Dentro de mim existia uma mistura de terror e extrema felicidade. Terror por ter me deixado chegar onde cheguei, por não ter percebido que todo o caminho que trilhara até então fora o mesmo que me levou a tamanho desconforto, e toda a felicidade, oras... Estava ali a minha solução, e se é que posso dizer, minha salvação.
Assim como o Dr. Alexandre havia me dito, o Dr. Thales realmente me pediu vários exames, menos aqueles o o cardio já tinha feito o pedido. Foram um total de sete exames (Holter, Ultrassom Abdominal Total, RX Toráxico, Prova de Função Pulmonar, Ecocardiograma, Teste Ergométrico e Endoscopia) mais os vários de sangue, além de uma liberação de um Endocrinologista, um Cardiologista e a equipe multidisciplinar que trabalha com ele mesmo. Bem, o cardiologista já estava em andamento, só faltava o endocrinologista (mas esse episódio cômico e ao mesmo tempo trágico deixo para um post exclusivo) e a equipe multidisciplinar, que também já estava meio encaminhada.
Ao retornar com o Dr. Alexandre foi percebida a necessidade de repetir o Teste Ergométrico, como no dia não me dispus a fazê-lo com real afinco, por isso, hoje, dia 17/05 já o fiz em um outro laboratório já que minha indisposição vinha de um péssimo atendimento no primeiro e tenho retorno com ele no dia 22, terça-feira próxima. Todos os outros exames, inclusive os pedidos pelo Dr. Thales não tiveram alteração nenhuma, o que de certa forma foi uma surpresa para ambos os médicos.
Bem, agora é só esperar o meu retorno com a endocrinologista e com o cardiologista na semana que vem, e se tudo der certo, terei minhas liberações para marcar minha cirurgia.
No próximo post contarei da minha experiência com a Equipe Multidisciplinar, que é incrível.
Até já!
Ao chegar no centro clinico Gastro Obeso Center fui muito bem recebida e enquanto aguardava respondi um questionário com cerca de 150 perguntas, todas perguntas sobre meus costumes alimentares, histórico familiar, etc...
Quando fui atendida pelo médico, ele leu atentamente todas as minhas respostas e logo disse que a melhor opção seria a cirurgia, por todo o histórico que eu tenho, além do histórico familiar, já que meu pai já havia feito a mesma cirurgia anos antes. A principio foi um choque, afinal, eu esperava um bronca, um regime desses bem rigorosos e coisas assim, como sempre foram propostos à mim. Tudo bem, eu sabia que aquela era uma das várias possibilidades que eu poderia ouvir naquele consultório.
Dentro de mim existia uma mistura de terror e extrema felicidade. Terror por ter me deixado chegar onde cheguei, por não ter percebido que todo o caminho que trilhara até então fora o mesmo que me levou a tamanho desconforto, e toda a felicidade, oras... Estava ali a minha solução, e se é que posso dizer, minha salvação.
Assim como o Dr. Alexandre havia me dito, o Dr. Thales realmente me pediu vários exames, menos aqueles o o cardio já tinha feito o pedido. Foram um total de sete exames (Holter, Ultrassom Abdominal Total, RX Toráxico, Prova de Função Pulmonar, Ecocardiograma, Teste Ergométrico e Endoscopia) mais os vários de sangue, além de uma liberação de um Endocrinologista, um Cardiologista e a equipe multidisciplinar que trabalha com ele mesmo. Bem, o cardiologista já estava em andamento, só faltava o endocrinologista (mas esse episódio cômico e ao mesmo tempo trágico deixo para um post exclusivo) e a equipe multidisciplinar, que também já estava meio encaminhada.
Ao retornar com o Dr. Alexandre foi percebida a necessidade de repetir o Teste Ergométrico, como no dia não me dispus a fazê-lo com real afinco, por isso, hoje, dia 17/05 já o fiz em um outro laboratório já que minha indisposição vinha de um péssimo atendimento no primeiro e tenho retorno com ele no dia 22, terça-feira próxima. Todos os outros exames, inclusive os pedidos pelo Dr. Thales não tiveram alteração nenhuma, o que de certa forma foi uma surpresa para ambos os médicos.
Bem, agora é só esperar o meu retorno com a endocrinologista e com o cardiologista na semana que vem, e se tudo der certo, terei minhas liberações para marcar minha cirurgia.
No próximo post contarei da minha experiência com a Equipe Multidisciplinar, que é incrível.
Até já!
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Prólogo
Após anos lutando contra a balança, fazendo regimes e até mesmo entrando numa piração de ficar sem comer depois que descobri a anorexia e a bulimia. Mas isso não me coube, não tenho vocação para sofrer. Gosto de comer, e a dor de estomago era imensa que isso durou dois dias!!!!
As dietas todas sempre foram com acompanhamento médico e uso de medicamentos que inibiam meu apetite e tinham por objetivo diminuir minha ansiedade, porém, sempre depois da alta médica e ao parar o uso dos medicamentos, meu corpo voltava ao efeito sanfona e eu voltava a engordar tudo o que havia emagrecido e mais um pouco. Passar por isso quando se é adolescente é muito difícil.
Essa luta dura quase dez anos e parece que está perto do final. Um final feliz.
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